Estes cortes preocupam-no?
Preocupam-me muitíssimo. Para nós é um rombo gigantesco. Manter esta casa sai muito caro e resta muito pouco dinheiro para a produção. Só há duas soluções: ou somos ajudados pelos processos de co-produção, com entidades que possam pagar grande parte dos espectáculos, ou entramos no mercado e fabricamos produtos que se possam vender. E isso é muito difícil. O que é mais fácil de comprar, pelo menos na nossa terra, não são o género de coisas que fazemos, porque estas constituem um grande risco económico para as entidades. Ou, então, fazemos espectáculos de muito menor dimensão e que, de certa maneira, reduzem a expectativa em relação ao nosso trabalho. Isso é perverso, porque se pode chegar a uma situação onde nos perguntam: “porque vos estamos a subsidiar se o que produzem é só isto?”
Apartir daqui não vi qualquer interesse em ler o resto da entrevista com respostas ridículas. Este senhor constata o óbvio e não faz o que toda gente tenta fazer. Trabalhar. Não. É mais giro continuar a viver à pala do estado sem fazer nada de interesse. Nunca vi um arquitecto, um pintor, escultor ou outro tipo de artista que não seja um actor ou encenador pretensioso com a mania que é artista a queixar-se da falta de apoio do estado.
O mais interessante deste artigo são os comentários.
Cornuncópia de disparates
Percebe-se donde vêm os gastos excessivos no sector público.. este senhor, que se coloca claramente num pedestal de superioridade intelectual, parece incapaz de gerir prioridades, planeamento e orçamento, e desconhece o significado da palavra "sustentabilidade".. e agora por isso pedem-lhe q se rebaixe ao ponto de ter q meter em cena mais coisas que alguém realmente queira ver... pff, pró Diabo que os carregue, se todos vamos ter q reorganizar as contas para viver com menos rendimentos, e preparar o futuro para viver sem reforma, acho q n é pedir muito que estes srs façam o mesmo no seu mundinho (que - por enquanto - lhes é, inclusivamente, permitido manter).O jornalista tb deve ter realmente pedido ao artista que escolhesse as perguntas que mais convinham, ou pior, devem ser aparentados e preparam a história em conjunto... é ridículo que não se confronte este tipo de gente com questões reais.E digo mais, para que não seja só garganta, proponho-me desde já para ir gerir esse Teatro com o tal orçamento de 700k, que garanto resultados no 1º ano!
Francisco Lemos , Lisboa. 19.11.2010 13:40Se fosse alemão depois de ler a maioria dos comentários negava qualquer apoio financeiro a Portugal. Não só porque os portugueses são pouco competitivos como também porque são incultos e pouco inteligentes. Enquanto na Espanha tanto o Primeiro Ministro como o líder da Oposição se propõem investir na Cultura como uma das saídas para a crise, o português comum baba-se pelas telenovelas e jogos de futebol (cujos resultados aliás estão usualmente combinados). Com um povo assim pouco ou nada se pode fazer. Nem sequer sabem a taboada... o investimento numa companhia de Teatro é apenas uma fracção de muito menos de um dígito do que se queimou nos estádios de futebol ou se consome em equipamentos culturais inúteis como o Museu dos Coches. Sem Cultura não crescimento económico obviamente. Os cortes na área da Cultura não têm relevância financeira porque o orçamento é diminuto. Mas se querem poupar acabe-se com o Ministério da Cultura e os Institutos Públicos dependentes. Basta uma Secretaria de Estado e direcções de serviços para cada uma das áreas. Nem sequer será necessário dispensar pessoal. Basta extinguir a infindável série de directores e chefes de divisão.
- ah... os coches não ilustram a nossa história? A Arquitectura não é cultura? Se os coches são cultura e precisam de um edifício, e se esse edifício é uma obra de arquitectura, então pela tua lógica da cultura ser uma aposta das civilizações desenvolvidas, porque é que a obra não é necessária? Ou só o teatro de MERDA é arte? Morre!
Anónimo , kk. 19.11.2010 13:04
estes gajos do teatro e do cinema pensam que sao deuses, e que toda a gente tem de engolir aquela trampa toda que eles, graças aos subsidios fazem, esqueçam o seu ego e façam coisas que atraia o publico, e nnem vao precisar de andar a mamar do estado
LOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL
Anónimo , .. 19.11.2010 12:59
estes iluminados fartam-se de apregoar que o mundo está em mudança e temos que nos adapatar ás novas realidades, uma das realidades é que o publico nao gosta de teatro nem de ler livros por que razao se há-de continuar a insistir na mesma tecla? eu era albardeiro e fazia albardas para os burros. mas hoje já nao faço, os tempos mudaram todos andam de automovel, portanto se existem pessoas que gostam de teatro, façam teatro para essas pessoa , mas elas é que têm de pagar, nao o contribuinte de forma geral.
vá já chega.
via Público
1 comentário:
Concordo tanto com o último comentário.. mas claro que são artistas, embora pretensiosos e muitos chegarem a meter nojo xD
E ainda bem que isto não foi uma discussão das nossas.
Patinha e Luna*
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