Foda-se, já estamos em 2010.
Nunca tive uma experiência em que me visse e o meu passado, esta experiência deu-se na minha vida pela primeira vez este ano.
Enquanto desmantelava as minhas maquetas do curso peça a peça, alfinete a alfinete, depois de ter tomado a decisão ainda zonzo do sono, reparei que cometera um erro irreversível.
A verdade é que elas já se degradavam com a humidade, mas mesmo assim foi um acto depressivo. Destruir a minha criação. Cada maqueta tinha uma história, que nem sempre era feliz, no entanto não foram os momentos maus que ficaram guardados nelas, quais memórias espirituais e energias negativas, foram as memórias de actos mais felizes, como saltar o muro do Sintrense para jogar à bola ao final do dia depois de uma tarde de estudo e torradas com manteiga ou mesmo a criação da P.Arteculta. O retirar do alfinete era como desligar a ligação USB da minha memória e perde-la para sempre. Ou talvez não. Claro que não posso comparar a minha experiência com a do Santa-Rita pintor, porque ele mandou destruir as suas obras depois da sua morte, bem mais fácil...
Porém, tive a sorte do projecto que mais gostei estar colado e por isso não foi necessário retirar alfinetes para aproveitar, portanto foi intacta para a fogueira enquanto eu observava pávido e em choque. Mais vale o fim com dignidade.
Nunca tive uma experiência em que me visse e o meu passado, esta experiência deu-se na minha vida pela primeira vez este ano.
Enquanto desmantelava as minhas maquetas do curso peça a peça, alfinete a alfinete, depois de ter tomado a decisão ainda zonzo do sono, reparei que cometera um erro irreversível.
A verdade é que elas já se degradavam com a humidade, mas mesmo assim foi um acto depressivo. Destruir a minha criação. Cada maqueta tinha uma história, que nem sempre era feliz, no entanto não foram os momentos maus que ficaram guardados nelas, quais memórias espirituais e energias negativas, foram as memórias de actos mais felizes, como saltar o muro do Sintrense para jogar à bola ao final do dia depois de uma tarde de estudo e torradas com manteiga ou mesmo a criação da P.Arteculta. O retirar do alfinete era como desligar a ligação USB da minha memória e perde-la para sempre. Ou talvez não. Claro que não posso comparar a minha experiência com a do Santa-Rita pintor, porque ele mandou destruir as suas obras depois da sua morte, bem mais fácil...
Porém, tive a sorte do projecto que mais gostei estar colado e por isso não foi necessário retirar alfinetes para aproveitar, portanto foi intacta para a fogueira enquanto eu observava pávido e em choque. Mais vale o fim com dignidade.
2 comentários:
but why?
Depois do fim vem sempre mais alguma coisa. Quiçá, melhor.
:)
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